Turquia: uma seleção imortal

Croácia x Turquia, quartas-de-final da UEFA euro 2008, jogo equilibrado, 0 x 0 no tempo normal e de repente na prorrogação, gol da Croácia aos 13 do segundo tempo da prorrogação. Klasnic aproveitou fanforronice de Rustu ao sair mal do gol e marcou de cabeça. Decidido? Não! A turquia empatou aos 16 do segundo tempo e foi para aos penâltis.

Adivinhem, a bola puniu os croatas. Turquia 4 x 2 nos penâltis. Foi o terceiro "milagre" seguido do time turco, antes eles viraram o jogos no final diante de suíços e tchecos. A Turquia agora pegará Alemanha na semi-final. Alemanha favorita? Não cravaria tanto assim.

Mágoa eterna

O atual técnico da seleção brasileira carrega consigo uma grande mágoa que marca presença em seu comportamento até hoje. Todos sabem que, em 1990, Dunga foi o escolhido para representar uma "Era" de fracasso. Foi rotulado impiedosamente pela imprensa e, como conseqüência, pelo povo.

Mas em 1994 ele foi o capitão, o líder que levou o time ao título. Eu tinha apenas 14 anos e lembro muito bem. Dunga ergueu a Copa do Mundo e disparando contra todos que o criticavam desde 90. A mágoa ainda estava lá.

Na França, em 1998, o Brasil não teve o mesmo sucesso da Copa anterior e sucumbiu diante dos donos da casa, na final. Disto todos lembram. Dunga, durante a campanha da Seleção, sempre foi ríspido nas coletivas e demonstrava sinais de irritação com a imprensa. A mágoa ainda estava lá.

Anos, mais um título e outro fracasso depois, foi escolhido por Ricardo Teixeira para ser o técnico da Seleção Brasileira, sem nunca ter exercido o cargo de treinador. Atualmente, nas coletivas, percebemos, nitidamente: a mágoa ainda está lá.

Essa mágoa de Dunga é melhor exemplificada quando voltamos aos casos recentes do seu estremecido relacionamento com Ronaldinho Gaúcho e Kaká. Porém, a situação exige mais talento e ele será obrigado a engolir os dois, se resistir até esta oportunidade.

Os próximos dois meses, que separam o jogo da Argentina do próximo diante do Chile, em Santiago, serão de cobranças. O momento é propício e o Brasil está atrás até dos colombianos e chilenos. Hoje, em 5°lugar nas Eliminatórias da América do Sul, iria para a repescagem.

Dunga sabe que a imprensa estará ali exercendo sua função: cobrando, criticando e, quando for possível, elogiando. Mesmo com a ajuda de um media trainning (técnicas de trato com os jornalistas), ele continuará não gostando e a mágoa sempre renascerá.

Portugal, um belo cavalo paraguaio

Os patrícios estão fora da Euro. Após fracassar nas semifinais da Copa do Mundo 2006 e na final da Eurocopa 2004, a Seleção de Portugal, novamente, ficou no meio do caminho. Perdeu por 3 a 2 para a Alemanha e foi eliminada nas quartas-de-finais da Eurocopa 2008. A partida foi a última de Luiz Felipe Scolari no comando. Felipão, agora, segue para o Chelsea, clube bilionário da Inglaterra.

Nem o melhor do mundo foi capaz de superar a disciplinada e pragmática escola alemã. Cristiano Ronaldo apareceu no lance do primeiro gol português e em um lindo toque de letra, mas não conseguiu decidir o jogo. No fim da 1ª etapa, teve a chance de empatar e mandou para fora. Decepção na terrinha.

Schweinsteiger, o melhor em campo, marcou o primeiro e bateu a falta para Klose abrir 2 a 0 no placar, aos 22 e 26 minutos do 1° tempo, respectivamente. Antes do intervalo, aos 40, Nuno Gomes pegou rebote de Lehmann após chute de C. Ronaldo e diminuiu. Quando a pressão lusa começou a ganhar força, a equipe de Felipão tomou outro golpe. Bastian Schweinsteiger, mais uma vez, lançou na área. Ballack se antecipou a Ricardo e anotou 3 a 1.

Nani entrou bem no lugar de Nuno Gomes e renovou as esperanças. Porém, o resultado prático chegou tarde. Aos 42, ele fez jogada individual na ponta esquerda e mandou para Hélder Postiga cabecear à queima-roupa.

Nas semifinais, a Alemanha enfrenta o vencedor de Croácia x Turquia, duelo de amanhã, às 15h45min.

Foto: Schweinsteiger comemora o primeiro gol da Alemanha (Divulgação / Uefa)

Madrasta de Kurányi torcerá pela Alemanha do alto da serra

Uma brasileira vai engrossar a torcida alemã, no duelo contra Portugal pelas quartas-de-final da Eurocopa 2008. Amanhã, a partir das 15h45min., quando as equipes entrarem em campo na Basiléia, a escritora Roseni Kurányi, madrasta do carioca naturalizado alemão, estará na casa de sua família, em Petrópolis, torcendo pelo enteado.

A escritora ficará no Brasil até agosto para lançar seu livro infantil: “O Burrinho Azul”. Natural da cidade de Petrópolis, Região Serrana do Rio de Janeiro, ela é casada há 21 anos com o pai de Kevin, e mora há 11 anos em Stuttgart. Destacando a força do time português, Roseni prefere não arriscar um placar, mas promete ficar grudada na televisão. “Toda a família estará reunida em Petrópolis para ver o jogo”, garante.

Kevin Dennis Kurányi nasceu no Rio de Janeiro, no dia 2 de março de 1982. É filho de um alemão com uma panamenha, joga no Schalke 04 e é reserva da Seleção da Alemanha.

Fotos: Divulgação