Flu melhorou, mas...

Foto: Site Oficial do Atlético-MG
Continua em 19º lugar na tabela.

Na derrota por 2 x 1 para o líder Atlético-MG fora de casa, diante de 55 mil pessoas no Mineirão, o goleiro Aranha, do Galo, foi o melhor jogador da partida.

Devemos ter esperanças?

E o Cuca²iu...

E resitiu até demais.

Era nítido a panela contra o treinador.

Sabemos que ele acertará em outro clube, mas não será em nenhum do bagunçado e antiquado futebol carioca.

JILÓNAUTAS: ZONA NORTE TEM A MELHOR FESTA JUNINA DA REGIÃO METROPOLITANA DO RIO

JILÓ DATA

A enquete ‘Qual lugar tem a melhor festa junina do Rio de Janeiro?’, da coluna SUA VOZ!, terminou com a Zona Norte em primeiro lugar. Dos 21 internautas que votaram 11 (52%) elegeram a região como a que realiza as melhores festas juninas da Região Metropolitana do Rio. Em segundo lugar ficou a Zona Oeste, com 4 votos (19%) e a Baixada Fluminense, com 3 (14%). A Zona Sul obteve 1 voto (4%). Participaram da enquete, ainda, São Gonçalo, Niterói e um link para outros lugares.

JORNAL O DIA PUBLICA REPORTAGEM SOBRE O PROJETO REPÓRTER COMUNITÁRIO E O BLOG JILÓ PRESS


O projeto Repórter Comunitário foi pauta de uma reportagem neste domingo (19/07) no caderno Vida e Meio Ambiente, do jornal O DIA. Confira a íntegra da reportagem no texto abaixo.
Repórteres comunitários

Estudantes de escolas públicas, de 12 a 18 anos, têm aulas de jornalismo em universidade Rio - Meninos e meninas de 12 a 18 anos, estudantes de escolas públicas das zonas Norte e Oeste do Rio, participam de um projeto especial, coordenado pelo curso de Jornalismo da Universidade Estácio de Sá, no campus Madureira.
O programa ‘Repórter Comunitário’ começou há 10 meses, com o curso gratuito de mídia impressa. Depois disso, novas turmas apresentaram aos alunos os conceitos e equipamentos de radiojornalismo e telejornalismo. O objetivo não é o de despertar a vocação profissional dos alunos por meio do registro e documentação jornalísticos, mas formar senso crítico e aproximá-los da universidade.
O idealizador do projeto e coordenador do Núcleo Prático de Comunicação, professor Ricardo França, explica que o jornalismo cidadão aproxima os alunos de escolas públicas do ambiente universitário. “O curso acaba, e eles têm liberdade para frequentar o campus, o laboratório e acompanham os universitários, colaborando com o blog Jiló, voltado à comunidade. Temos planos de expandir o ‘Repórter Comunitário’ para outras seis unidades de jornalismo da Estácio (Petrópolis, Friburgo, Barra da Tijuca, Niterói e Bispo)”, explica.
Segundo ele, muitos dos jovens não liam jornais, não ouviam o noticiário nas rádios e tevês e despertaram para isso.“Estamos formando uma rede de jovens repórteres comunitários que poderão participar, informalmente, da nossa Agência de Notícias Zunido e do blog Jiló Press. Formados, eles poderão produzir matérias, reportagens e entrevistas falando de seus bairros. Quem ganha é a comunidade”, complementa o professor.
Aluno do 2º ano do Instituto Normal Carmela Dutra, Pedro Felipe Cruz, 17 anos, participou do primeiro curso e virou colaborador constante do projeto. Descobriu a vocação e já faz cobertura jornalística de eventos. “Minha preferência é a área cultural, mas a Zona Norte não tem muitos eventos culturais”, critica o jovem. Ele disse que a falta de exigência de diploma não fará com que desista de cursar Jornalismo. “Não largo mais isso nem por decreto”, diz ele, determinado.
Os cursos são oferecidos em módulos, para turmas de 35 a 40 alunos. Cada módulo tem 10 horas de aula, com um encontro de duas horas por semana. No começo, os “jovens repórteres” ficavam tímidos, mas, depois, segundo os professores, passaram a adorar sentir na pele o trabalho em estúdio. O próximo curso, de mídia impressa, terá ênfase em fanzine e blogs. Começa em agosto. Interessados devem ligar para 2488-9027.

SUBURBANO DE ALMA E CORAÇÃO



Texto: Robson Rodrigues (5º período) e Andrezza Henriques (6° período) - Estagiária Mídia Impressa / Fotos: Efraim Fernandes


Conhecido como suburbano nato com muito orgulho, o morador de Pilares e torcedor do Vasco da Gama, o ator Marcos Guimarães, 43 anos, o Marco Palito, pode não ser ainda um ilustre desconhecido na Zona Sul, mas na Zona Norte é o rei do humor. A carreira de humorista começou há 20 anos e seu personagem mais conhecido é o Bonequinho Vil, que faz uma sátira do bonequinho de críticas do cinema do O Globo. Além do Bonequinho Vil, Marcão, que atualmente é redator do programa Zorra Total, da Rede Globo, tem outros personagens como a americana Emma Grace, líder da seita do Santo Diet — um chá alucinógeno que faz a pessoa acreditar que emagreceu — e Dali de Salvador, pintor surrealista baiano que tem entre suas obras o quadro “Clodovil no harém”.


De acordo com Marcão, sua inspiração vem das ruas do subúrbio do Rio, ao observar pessoas comuns. “Minha formação foi nos bares, nas ruas e nas lonas culturais. Nos bares aprendi e criei a gincana ‘respondeu bebeu’ (onde quem participava da brincadeira e ganhava, levava uma rodada de chope grátis). Na rua conheci meus personagens, a inspiração para a criação deles. Andando pelo subúrbio você vê muita gente com histórias boas. Já nas lonas, foram elas que me deram consistência, trabalho, palco, oportunidade. Já passei também pela rádio, que me ajudou a improvisar e fazer humor no esporte. Hoje em dia trabalho na Rede Globo e sou autor roteirista do Zorra Total, lá considero como minha pós-graduação”, contou Marcão.


PROJETOS – Falando em fazer humor, Marcos Palito tem novos projetos para dar continuidade à saga humorística. “Tenho um projeto que se chamará “Rir sara e cura”. Será como se fosse uma peça, que consegue mostrar que rir pode sarar e curar. Tenho também um livro que vai reunir 30 personagens, mas ainda não tem nome. O bonequinho vil e todos os outros personagens inspirados no cotidiano suburbano estarão juntos, será como um portifólio. Tenho também um projeto em mente que é uma equipe de basquete literária, o “Lance Livro”. Vou ver se consigo alguma parceria com a CUFA para fazer esse projeto em um campeonato de basquete de rua deles. E, por fim, acabei de gravar o DVD do Bonequinho Vil. Não será vendido em nenhuma loja, a venda será feita por mãos do pessoal da produção e de toda a equipe”, adiantou.


LONAS CULTURAIS – Marcão sempre se apresentou nas lonas culturais do subúrbio e sabe a importância delas para os artistas que estão começando. Ele reclama da ausência de uma lona cultural em Madureira, a capital do subúrbio, como gostar de dizer o comediante. “As lonas surgiram há 15 anos. Elas foram reaproveitadas da ECO 92 para virar um espaço cultural. Antes disso os espetáculos no subúrbio não tinha qualidade de som e de artistas. Hoje, as lonas dão a oportunidade que o pequeno artista precisa e com muita qualidade. É bom para o artista e para a galera que mora “do lado de cá do túnel”. A classe A tem que saber que existe vida e muita qualidade cultural desse lado. Apóio essa campanha de ter uma lona em Madureira,e teria que ser Lona Cultural Tia Doca, aproveitaria o nome de uma pessoa que tem essa raiz no bairro e que representou tão bem o samba”, defendeu.

.

RANKING DE POINTS SUBURBANOS LEGAIS PARA VISITAR E COMER ANTES DE MORRER


A reportagem do DAZIBAO pediu a Marcão que destacasse 10 lugares e 10 comidas típicas do subúrbio que turistas e moradores “do outro lado do túnel”, como ele gosta de dizer, conhecessem na Zona Norte antes de morrer. Mas, como ele tem uma atração mística pelo número 11, Marcão destacou 11 pontos que mais chamam a atenção na Zona Norte da cidade.


11 LUGARES QUE O MORADOR DA ZONA SUL DEVE

CONHECER NA ZONA NORTE ANTES DE MORRER


Escolas de Samba: Caprichosos de Pilares que é sua escola de coração, Portela, Império.

Jongo da Serrinha - Madureira

Piscinão de Ramos

Lonas Culturais

Cachorro – quente da praça de Marechal Hermes

Pagode da Tia Doca - Madureira

Blumenau Grill – TV no Bar – Madureira Shopping

Igreja da Penha

Ponto Cine - Guadalupe

10º Sambola - Abolição

11º Feira dos Paraíbas – São Cristóvão

.

.

11 SABORES QUE O MORADOR DA ZONA SUL DEVE
EXPERIMENTAR NA ZONA NORTE ANTES DE MORRER


Bananada
Paçoca
Sacolé de manga e de amendoim
Churrasquinho
Ovo rosa
Cerveja / Guaraná Natural
X – TUDO
Feijoada das escolas de samba
Caldo da Abolição
10º Cinco bocas de Olaria
11º Rei do Bacalhau, na Abolição

PORTELA HIGH TECH NA AVENIDA

Carnavalesco Alex de Oliveira fará desfile tecnológico
Por Robson Rodrigues (5º período) / Andrezza Henriques (6º período)
Fotos: Assessoria de Imprensa Portela

Wireless; portal digital via satélite; inclusão digital; Educação a distância; sistemas de redes de telecomunicações e medicina robótica. O universo das novas tecnologias está virando a cabeça dos compositores da Portela que têm o desafio de destrinchar o tema para criar o samba enredo da escola para o Carnaval de 2010. Os Carnavalescos Alex de Oliveira e Amauri Santos vão levar à Sapucaí o enredo 'Derrubando fronteiras,conquistando liberdade... Rio de paz em estado de graça!', que convidará as pessoas, como internautas, a acessarem esse mundo virtual, fazendo uso do conhecimento tecnológico que liberta. O casamento entre o samba e a tecnologia promete fazer a Águia - símbolo maior da agremiação - literalmente voar na avenida.

Maior campeã do Carnaval carioca com 21 títulos conquistados, a Portela está apostando no mundo virtual para voltar a vencer. O último título da Azul e Branco de Madureira foi em 1984 quando os carnavalescos Edmundo Braga e Paulino Espírito Santo levaram a avenida o enredo Contos de Areia, que contava a lenda dos deuses africanos com uma fusão com personagens portelenses famosos, como a cantora Clara Nunes, o mestre Paulo da Portela e Natal, um portelense fervoroso dono de uma banca de jogo do bicho.

INCLUSÃO DIGITAL - Muito se cogitou, há algumas décadas, que, a máquina seria o fim do homem, mas a Portela quer provar que a inclusão digital traz melhorias na qualidade de vida e será uma ferramenta que conduzirá o novo homem a uma nova realidade. “A mentalidade de muita gente vai mudar com o desfile, pois as pessoas não têm consciência da necessidade da ferramenta da internet como um meio de auxilio para melhorar a qualidade de vida. A partir do momento em que ela usar a internet não só pra buscar namoro, mas como ferramenta de ajuda, muita coisa pode melhorar. O intuito do desfile é focar que a máquina ajuda o homem, pois muito se cogitou que a maquina iria substituir o homem e não um integrar o outro”, disse um dos autores do enredo, Alex de Oliveira.

A Portela vem adotando desde 2005 os enredos de cunho social, e a escolha do tema da Inclusão Social por meio dos acessos às novas tecnologias de informação segue essa linha. É um tema complexo que vai chamar a atenção de muita gente, já que a primeira novidade foi na distribuição do enredo que foi feito em CD, um meio de familiarizar o mundo do samba com a tecnologia. “Eu e Amauri queríamos um diferencial em termos de enredo, e eu sou arquiteto e ele design então nos queríamos uma linha diferenciada na criação das fantasias e alegorias, e nada mais atual do que buscar na internet esse meio de transformação. Vamos unir tradição, beleza e tecnologia. Um engenheiro especializado em parques de diversão vai ser o responsável pelo carro mais importante do carnaval, que é a águia. Ela vai fazer uma encenação de que ela está voando”, revelou Alex.

ENREDO
“Derrubando fronteiras,conquistando liberdade...
Rio de paz em estado de graça!”
.
Tens um computador,
finalmente a nova era chegou...
Ligado a rede mundial És um doutor, um sábio, mestre.... Educador
Em saber universal;
Basta pesquisar, para novos vôos alcançar,
E tens muito a colher;
Para estudar
E aprender;
Podes trabalhar e, se atualizar
Ou usá-lo para lazer;
Podes ensinar E aprender,
Com paciência
E algum vigor;
Descobrir a ciência,
Ou ser um jogador;
Tens poder para comunicar,
Ler e escrever;
Para seres um pesquisador;
Sem saíres do teu lugar
Podes ser um ator;
Podes viajar, acreditar
Podes lutar;
Ter um saber para ganhar
E ser carioca, para sonhar, num outro plano acreditar
Se tiveres informatizado
Conquistar e preciso...
Derrube as barreiras...
Acredite!
Viva a liberdade com a paz do amanhecer
Num Rio de Janeiro que, vislumbra melhorias
Através dessa ferramenta de inclusão e socialização...
Vamos viver em estado de graça!

"Novo" Fluminense

O Tricolor completou 107 anos, nesta terça-feira, e recebeu um presente de seu Departamento de Comunicação: um novo site. Mais dinâmica, a nova página traz, na capa, quatro destaques do clube, em uma apresentação de fotos, e uma tela para visualização dos vídeos da "Fluzão TV".

Novo site do Fluminense


As outras "novidades" têm cheiro de naftalina: Renato Gaúcho como técnico, Fernando Henrique de volta ao gol, Leandro Amaral afastado para melhorar a forma, Radamés reintegrado ao grupo...


Antigo site do Fluminense

JILÓ NA BOLA TRAZ NOVIDADES PARA A SEGUNDA TEMPORADA DO PROGRAMA

Vencedores do Prêmio Então Mostra: Léo, Marcelino e Robson

Correspondente Internacional, Leandro, na Copa das Confederações

Junior Anes (de branco) com Gil, Carlos Alberto e Wellington Paulista

Texto: Robson Rodrigues (5º período) / Fotos: Andrezza Henriques; Leandro Gaignoux e Rodrigo Anes

O programa vencedor do Prêmio Então Mostra na categoria Melhor Programa de Rádio, o Jiló na Bola, da Rede Jiló Press de Comunicação Multimídia, está com novidades para o segundo semestre. Vinhetas, participações de convidados, informações dos times de menor expressão do Rio, além, é claro, das noticiais da África do Sul, enviadas pelo correspondente ‘bafana, bafana’, Leandro Gaignoux. Muita irreverência e descontração prometem continuar fazendo parte de todas as edições que vão ao ar no blog, todas as segundas, quartas e sextas-feiras, já a partir do dia 27 de julho, com Léo Vieira, Júlio Marcelino, Robson Rodrigues, Daniel Almeida e participações de Junior Anes.

Depois de quase um mês de descanso, devido as férias e, também, na produção da segunda temporada do programa, o meninos do Jiló na Bola não vêem a hora de “entrar em campo” novamente. “Estamos ansiosos para retornar logo às gravações. Já estamos de férias há mais de um mês e nosso pensamento é igual ao de um jogador de futebol: ficar só treinando não é bom, bom é jogar. Essa fase de produção é legal para dar uma levantada no programa, mas dá saudades de voltar às gravações”, diz Julio Marcelino. Como toda segunda temporada de programa, o Jiló na Bola vem com novidades para o segundo semestre. Permanecem os quadros do Jiló na Manteiga e Baba do Jiló, onde são eleitos os melhores e piores jogadores da rodada.

VINHETAS – O programa volta com uma nova sonoridade, já que agora todos os participantes terão suas vinhetas de apresentação. “As vinhetas serão mais uma novidade do programa. Cada participante terá a sua. É uma forma de melhorar o programa e deixar ele mais engraçado também. Outra coisa que muda para a segunda temporada, é que vamos aderir a moda do Twitter, e o Junior Anes, que já tinha um quadro no programa onde falava com os jogadores, agora vai ter um quadro especial que será o “Por dentro do Carioquinha”, que vai falar dos times de menor expressão do Rio de Janeiro. De resto está tudo igual, sempre com muito humor”, conta Léo Vieira.

O Jiló na Bola conta com um diferencial para a cobertura internacional. O estudante Leandro Gaignoux saiu da Selva de Pedra, em Madureira, para desbravar as Savanas Africanas. O jovem repórter continua com um quadro todas as segundas-feiras, onde conta casos curiosos sobre o país, além de tentar o grande objetivo do quadro: entrevistar Joel Santana. “O Leandro garantiu que nessa nova temporada do programa já tem uns contatos e vai entrevistar o Joel Santana, além de sempre entrar com novidades da cultura, culinária e curiosidades sobre a África do Sul”, revela Robson Rodrigues.

As mulheres dominam cada vez mais o mercado de trabalho, mas ainda não têm seu espaço na mesa redonda do Jiló na Bola. Tirando a voz feminina da abertura do programa, não há mulheres participando do Jiló.”Uma mulher traria discórdia entre nós (risos), mas a verdade é que não achamos na fase de produção nenhuma mulher que estivesse interessada em participar do Jiló na Bola, se aparecer alguma, quem sabe?”, explica Robson.

As novidades estão saindo do forno e, agora, é esperar até o dia 27 de Julho para conferir o Jiló na Bola no blog http://www.jilopress.blogspot.com/ ou todas as edições no blog http://www.radiojilo.blogspot.com/. “Nós sempre fazemos as coisas pensando em agradar, mas nem “o cara lá de cima” agradou a todos. Estamos confiantes de que, com as novidades, vamos trazer cada vez mais ouvintes e permanecer com os que nos acompanham desde o início”, finaliza Léo Vieira.

CAMELO VAI COMBATER ROUBOS E FURTOS NA ZN

SEGURANÇA PÚBLICA

ENTREVISTA EXCLUSIVA COM O CORONEL EDIVALDO CAMELO - NOVO COMANDANTE DO 9º BPM

Texto: Robson Rodrigues (5º período) / Fotos: Talita Paranhos (2º período)


O 9º BPM (Rocha Miranda) tem um novo comandante: coronel Edivaldo Camelo da Costa, efetivado no dia 9 de julho depois de ter a sua gestão elogiada no comando do 5º BPM (Praça da Harmonia). Pai de dois filhos, está no terceiro casamento. Natural do Ceará, chegou no Rio de Janeiro com 4 anos de idade e passou a infância em Padre Miguel. Torcedor do Fluminense, evangélico, hoje mora na Glória. O novo comandante falou ao DAZIBAO que o foco de sua administração será mudar a mentalidade dos policiais: “Vou colocar a “galera” no asfalto para conter roubos e furtos de veículos”, promete.


De acordo com as estatísticas de criminalidade do mês de abril, divulgadas pelo Instituto de Segurança Pública (ISP), o coronel Camelo vai ter trabalho. Na área do 9º BPM aconteceram 39 casos de homicídio doloso e 815 roubos contra pedestres.


Com 27 anos destinados à Polícia Militar, Camelo passa a comandar o batalhão que cobre Vila Cosmos, Vila da Penha, Vista Alegre, Irajá, Colégio, Vicente de Carvalho, Oswaldo Cruz, Campinho, Cascadura, Quintino Bocaiúva, Madureira, Engenheiro Leal, Cavalcanti, Turiaçu, Vaz Lobo, Marechal Hermes, Bento Ribeiro, Coelho Neto, Acari, Barros Filho, Costa Barros, Pavuna, Honório Gurgel, Rocha Miranda e Praça Seca.


ZONA NORTE E BAIXADA: ‘TERRA DE MALBORO’


“Quando eu era aspirante, o meu batalhão era o 16º (Olaria). Então, eu sempre trabalhei na Zona Norte e percebo que os recursos da PM são, em grande parte, alocados para a Zona Sul. Não há como fugir disso, acontece em qualquer país do mundo. Pontos na cidade voltados para o turismo são mais cuidados do que outras áreas. Apesar de que, atualmente, está resgatando muito essa parte social. Eu acho que as pessoas começaram a ficar mais esclarecidas. A lutar mais pelos seus direitos e, aí, você vê hoje as pessoas reivindicando policiamento, água, luz, esgoto. Hoje já melhorou muito com relação a anos atrás. Subúrbio e baixada, eram chamados de “terra de Malboro”, onde tudo se podia, tudo era válido, tudo era fora da lei. Hoje em dia a coisa não é bem assim, está muito melhor.”


SUBSTITUIÇÃO NO COMANDO DO 9º BATALHÃO


“Eu fico muito feliz em herdar a gestão do coronel Batalha, que é um oficial sério e comprometido. Mas cada um tem seu estilo, sua forma de trabalhar. O batalhão está bem, mas acho que a gente precisa se voltar muito mais para o que acontece no asfalto, principalmente à prevenção de roubos e furtos de veículos, esse vai ser o meu foco. Fazer um trabalho preventivo para inibir essas ações. Isso nunca vai terminar, mas podemos diminuir. Temos que mudar a mentalidade dos policiais daqui do 9º BPM. Eles têm aquele estigma de que “sou de um batalhão operacional, então, o meu negócio é favela, não tenho que me preocupar com o cara que está sendo roubado ali na esquina”, pensam. Mas, na verdade, nosso maior cliente, aquele que busca pelo socorro, são as pessoas da comunidade, porque tem muita gente boa na comunidade. Seria melhor se não tivesse, pois entrava lá, batia em todo mundo, dava tiro em todo mundo e ficava tudo certo. Mas, pelo contrário, a grande maioria das pessoas da comunidade são de bem. Então, o foco é direcionar o policiamento para o asfalto. As viaturas que não estiverem nas favelas vão fazer um roteiro pré estabelecido para fazer rondas nas ruas buscando conter o aumento dos crimes.”


AS MULHERES NA POLÍCIA MILITAR

“As mulheres estão ocupando espaço em todos os lugares, mas se a Policia Militar fosse uma empresa privada, você contraria uma mulher? Essa é a pergunta que eu faço. Porque se fosse uma empresa privada, você visaria o lucro, o trabalho. Então, a mulher não poderia fazer algumas coisas, como entrar na favela, trabalhar em radiopatrulha. Eu entendo a modernidade, mas a mulher não consegue fazer a mesma coisa que o homem faz. E se alguém falar que faz, é mentira. Nós temos hoje três unidades da polícia comandadas por mulheres. Acho que, para comandar batalhão não tem problema, mas depende do batalhão, pois aqui é um batalhão que você tem que ir com os “caras” na favela, mostrar que você faz igual a eles, até melhor. Tem que mostrar disposição. Adoro e sou dependente delas, mas a Polícia Militar, não é um serviço adequado para as mulheres.”


O BAIRRO DE MAIOR PROBLEMA E OS CRIMES A SE ENFRENTAR

“A Pavuna, onde tem a pedreira, é um dos lugares mais perigoso.O tráfico é o maior problema, já que são 93 favelas nessas áreas, mas tirando a parte do tráfico, o maior problemas são as ações de roubo e furto de veículos. Estamos pegando os 20 homens que ficam aqui 24 horas e estamos dividindo em cinco equipes de quatro e colocando um em cada local, isso é uma coisa especial que nós estamos fazendo, algo que não tinha.”


MILICIANOS


“Acho que as milícias iniciaram com um ideal romântico, mas quando se trata de seres humanos pode se esperar qualquer coisa, e o ser humano é dominador. Então, se hoje ele começa dominando a parte de gás, a parte do “gato net” de forma clandestina, amanhã eles começam a se achar com muito poder e começam a fazer as mesmas coisas que os bandidos faziam. Eles começaram com uma proposta, mas na prática não é nada disso, então hoje eles são piores do que os bandidos.”


COMANDANTE CAMELO POR ELE MESMO


“Eu me vejo, primeiramente, por ser uma pessoa evangélica, uma pessoa com muita fé. E tem duas características que são fundamentais para que eu possa ser bem sucedido como fui no 5º BPM (Praça da Harmonia): ter humildade e justiça. Humildade é você tratar as pessoas iguais, é ouvir a opinião das pessoas, reconhecer que está errado, é mudar o que pensa quando alguém te mostra que aquilo está errado, seja soldado, seja alguém da comunidade. Eu não sou modesto, modéstia para mim cheira a falsidade. Sou extremamente humilde e procuro ser justo, embora como qualquer ser humano eu cometa erros. Essas são as duas coisas que eu carrego para ser bem sucedido na minha profissão.”