É... O Futebol deu mais uma rasteira nas previsões, análises e críticas esportivas. A empolgação do clube e, principalmente, do povo equatoriano não foi novidade. Todos já aguardavam. A centralização das jogadas em Guerrón também era esperada. Surpreendente se mostrou a empáfia tricolor. Exceção merecida ao sempre guerreiro Dario Conca, o Fluminense estava oco. Sem o espírito e a entrega necessários em uma final de Copa Libertadores da América. O placar 4 a 2 saiu barato e manteve acesa a chama da esperança carioca.
Na entrevista coletiva depois da partida, Renato Gaúcho disse para a torcida não deixar de ir ao Maracanã. Mais um discurso démodé com o objetivo de camuflar as próprias deficiências e a análise fria do ocorrido. Como assim, my brother? Os ingressos estão todos vendidos desde a semana passada. O estádio lotado é tão certo quanto a retranca da Liga Deportiva Universitária. Se mantiver Dodô no banco de reservas, como fez na volta para o 2° tempo de ontem, a LDU agradecerá e ganhará de presente menos uma preocupação.
O Flu tem chances. Aplicou 3 a 1 em São Paulo e Boca Juniors. Por que é impossível repetir o feito e levar tudo para a prorrogação? Ou até vencer por três de diferença e papar logo no tempo normal? É possível. Basta Renato acordar para não deixar o time dormir de novo...
Foto: Montagem com arte publicada no site oficial da LDU
O árbitro auxiliar Paulo Sérgio Fernandes Durães, 35 anos, foi baleado no peito na tarde desta quarta-feira (25/06) em um restaurante, na Avenida Marechal Floriano, no Centro do Rio de Janeiro. O crime ocorreu às 13h30min. De acordo com testemunhas, Paulo discutiu com um homem ainda não-identificado e levou um tiro no peito. A bala chegou ao pulmão de Sérgio e ele não resistiu aos ferimentos.
O bandeira atuou no último fim de semana, no jogo entre São Paulo e Sport, vencido pelo tricolor paulista por 1 x 0, no Morumbi. Paulo Sérgio também participou de Fluminense x Botafogo, decisão da Taça Rio deste ano. O auxiliar era major da Polícia Militar e trabalhava na coordenação do Serviço de Atendimento de Emergência 190, no prédio da Central do Brasil, onde fica também a Secretaria de Estado de Segurança.
A importância do jogo é proporcional à necessidade do Flu aplicar o seu futebol, independente da pressão equatoriana. O ala/ponta Guerrón, da Seleção do Equador, é o jogador mais perigoso. Renato está de olho nele. Quando entrou na partida da primeira fase, no Maracanã, deixou a defesa tricolor de cabelo em pé. Em contrapartida, o treinador Edgardo Bauza precisa ficar atento a várias armas do Gaúcho. Junior Cesar, Gabriel, Thiago Neves, Conca e Washington formam um arsenal perigoso o bastante para fixar a bandeira do favoritismo no lado brasileiro. O duelo é interessante, mas o título da LDU seria, friamente, uma zebra.
Oferta pequena e demanda gigante = preço enorme
Os esquemas de corrupção existentes no mercado de ingressos são absurdos. No Brasil, a maioria (não todos) dos clubes trata a torcida como um bando de servos. Torcedor é cliente. Só não deixa de freqüentar, definitivamente, os estádios porque é apaixonado e, quando veste a camisa, deixa a razão de lado. Alheio a esta desorganização, o Fluminense decidiu dobrar o preço dos ingressos. Fez certo. A relação básica oferta x demanda já explica tal iniciativa. É caro para quem recebe um, dois ou três salários mínimos? Sim, mas a enorme procura justifica a mudança de 30, 40 e 150 para 60, 80 e 300 reais. Voltarei, ainda esta semana, a abordar o tema.
O jogo da democracia
Neste sábado (28/06), Vasco e Ipatinga se enfrentam no jogo da democracia vascaína. Seja Roberto Dinamite o novo presidente ou não, esta será a primeira partida do Machão da Colina, após três anos, sob o comando uma diretoria, legitimamente, eleita. Caberá a quem assumir recolocar o clube na rota dos títulos. Cinco anos sem novos troféus é muito para o cruzmaltino. De qualquer forma, os ares democráticos nascidos em São Januário voltam a circular em sua casa.
Fotos (Divulgação LDU, Fábio Azevedo / Ascom Fluminense e Nelson Teles): Torcedor da LDU, presidentes dos clubes trocam presentes e Lula veste a camisa tricolor