E o que estava por um fio acabou por romper. O contrato de fornecimento de material esportivo entre a Nike e o Flamengo, foi desfeito. A nova parceira do rubro negro é a Reebok, segundo afirmou uma fonte do clube.
O antigo contrato com a Nike vinha sofrendo sucessivos desgastes. Um dos principais motivos era o valor de R$ 5 milhões pagos por ano. Considerado baixo pelos padrões atuais, a diretoria vinha reclamando, também, da irregularidade no fornecimento dos uniformes de treino e de jogo.
Em uma palestra realizada na semana passada, na Universidade Estácio de Sá, da Barra da Tijuca, o vice presidente de futebol, Kléber Leite, afirmou que o clube havia recebido propostas da Olympikus e da Reebok, e que a Nike iria apresentar uma nova contra proposta.
Segundo informações, o material de treino da Reebok já se encontra na Gávea.
Às 18:20h - Em tempo: outras fontes garantem que a nova fornecedora de material esportivo será a Olympikus, a mesma da seleção brasileira de vôlei. Aguardemos cenas do próximo capítulo.
por Marcos Benjamin
O Tricolor carioca não se intimidou no primeiro jogo (diga-se histórico!) diante do todo-poderoso Boca Juniors em Avellaneda. O empate em 2 x 2 com o Boca foi um resultado considerado excelente pelos tricolores. Mas com pés no chão, os próprios sabem que não ganharam nada, e ainda tem mais noventa minutos no Rio, cientes de que o Boca é mais forte quando joga como visitante.
No primeiro tempo, o jogo foi de igual para igual, Riquelme como sempre, desequilibrou. Roman é simplesmente imarcável. Arouca que o diga. No segundo tempo, o Flu inconscientemente se "apequenou", não por querer, mas sim pela pressão exercida dos Xeneizes. Foi aí que o jogador mais questionado do time nos últimos tempos apareceu. E salvou! Fernando Henrique foi um "monstro". Thiago Silva que me perdoe por usar o apelido no seu companheiro de time. Mas o goleiro foi excelente, acredito que sua atuação ontem além de ter sido histórica, foi a melhor de sua carreira. Fez pelo menos cinco defesas magistrais.
Já Thiago Silva, ao fazer o gol de empate, correu e se direcionou a torcida do Boca mostrando o escudo do time. Mostrando aos argentinos quem é o Fluminense. Afinal de contas, não acredito que foi desdenho dos hermanos, mas sim falta de profissionalismo de seus jornalistas e seus dirigentes pelo Boca não conhecer o Fluminense.
O Boca tem um Riquelme e o Flu tem dois Thiagos. Foram nesses personagens que o primeiro jogo foi decidido. Mas por favor, não esqueçamos de FH. O segundo jogo será no Maracanã, mais emblemático do que qualquer Bombonera. Promessa de jogão!
Quando todos davam por finalizada a batalha, o guerreiro vascaíno aproveitou o rebote do arqueiro Magrão e deu novo gás ao balão dos sonhos cruzmaltinos. Normalmente, como aconteceu no Mundial de Clubes, na derrota para o Corinthians, Edmundo fecha o ciclo de cobranças de pênaltis. Desta vez, abriu. Coincidência? Não. Seu erro era provável, apesar de não desejado, e a esperança era ver algum jogador do Sport perder até o fim da seqüência. Nenhum rubro-negro desperdiçou e o Leão pega o Timão nas finais da Copa do Brasil.
Edmundo não pode bater pênaltis decisivos. Ele é um torcedor com a camisa. Fica nervoso e faz besteira. O Vasco caiu de pé, mas caiu. A festa foi linda, o Gigante empatou o placar somado e perdeu, mais uma vez, nos pênaltis. Este será, provavelmente, mais um ano sem título, mas a noite de ontem é motivo de orgulho para os vascaínos.
Edmundo não tem a frieza exigida pelas penalidades máximas. Falta, nestes momentos, o poder de cálculo dos campeões. O esporte é decidido por detalhes a cada dia menores. O time de São Januário lutou e acreditou até o último segundo. O Animal levou o time até os pênaltis e tirou dele a vitória, instantes mais tarde.
Não se trata de absolver Edmundo, mas o Vasco perdeu a vaga, no Recife, onde o próprio ídolo não jogou nada, Jorge Luiz fez um gol contra e Tiago aceitou um tiro disparado do meio da rua. O goleiro, aliás, deu mais uma aula de como se bate um pênalti. Não segurou nenhum. Contudo, é o mais indicado para ser o cobrador oficial porque é o melhor do time, na marca da cal. Já Edmundo deve ter alergia àquele ponto redondo e branco existente no meio da grande área.
por Marcos Benjamin
E Cuca conforme já estávamos prevendo não é mais técnico do Botafogo. Não que sejamos ciganos ou demos uma de Pitoniza. A questão é simples e quem saca de futebol sabe, o futebol é feito de resultados.
Alexi Stival, chegou ao Botafogo em 26 de maio de 2006, estreando com uma goleada contra o Vasco por 4 x 0. Naquele ano, o técnico levou o alvinegro à Copa Sul-americana. Não é preciso lembrar o que aconteceu na mesma Copa do ano seguinte. River Plate, Falcao Garcia, Montenegro... Uma eliminação que dói até hoje nos alvinegros.
O fato é que o resultado não apareceu, mas os números são excelentes. Foram 138 partidas, com 70 vitórias, 38 empates e 30 derrotas. Em 2007, o Botafogo foi o time que na maior parte do ano apresentava o futebol mais vistoso, bem jogado do país. Mas, futebol é resultado (desculpem a redundância).
Será que o Botafogo perde tanto com a saída de Cuca do comando técnico? O desgaste é inevitável, e seria bom para o clube e melhor ainda para o técnico, a separação, quem sabe em outro momento este casamento seja reatado. Agora alvinegros fiquem atentos, o abatimento não pode se prolongar por muito tempo, o Brasileiro está a todo vapor.
Os telefones de Geninho e Ney Franco podem tocar a qualquer momento. Na Vila Belmiro, crescem a rumores de Cuca no Santos.
por Marcos Benjamin
Hoje é quarta. Dia da semana já corriqueiro em termos de relevância no calendário do futebol brasileiro, principalmente nessa época do ano. Hoje, três jogos importantíssimos agitarão o Brasil. Em São Paulo, Corinthians x Botafogo, prometem um jogão. A vitória mínima classifica o Timão, já o Glorioso joga pelo empate. Em São Januário, o caldeirão promete ferver, o Vasco tem a dura missão de conseguir a vitória por três gols de diferença contra o Sport. Disse difícil, mas não impossível. Destes dois jogaços sairão os finalistas da Copa do Brasil e conseqüentemente o próximo representante brasileiro que se juntará aos quatro primeiros do Brasileirão/08 na Libertadores do ano que vem.
Por falar em Libertadores, o jogo da principal competição sul-americana válido pela semi-final entre Boca x Flu em Buenos Aires, promete ser histórico, não só para os tricolores, mas também para edição da Copa deste ano. O jogo marca a primeira vez do clube portenho em uma Libertadores diante do Flu e também ficará registrado como a primeira vez dos tricolores em uma semi-final de Libertadores. Jogão!
Enfim, quarta-feira importantíssima para cinco clubes brasileiros: Fluminense, Botafogo, Vasco, Sport e Corinthians. Jogo histórico para o Fluminense, talvez o mais importante da história do clube. O jogo do ano para Vasco, Sport e Corinthians e jogo-chave para Cuca e seu Botafogo. Só para constar, o Santos está sem técnico. Agüenta coração!
Publicamos, aqui, a mensagem enviada por Raphael Zarko, amigo do Blog "A Bola e o Gol".
Caro Fernando,
passei uma semana em Buenos Aires, quando, fanático como sou, tive a oportunidade de assistir a dois jogos na Bombonera: Boca x Cruzeiro e Boca x River.
Para mim e para toda a torcida cruzeirense, ficou claro o motivo pelo qual o Boca passeou mais uma vez em sua cancha: o Cruzeiro simplesmente tremeu e temeu o Boca. Se não fosse a péssima pontaria dos atacantes Palacios e Palermo, o "Zeiro" voltaria para BH com uns 4 a 0 na mala. Mas foi pouco. O 2 a 1 veio num gol de pura sorte dos mineiros.
A diferença toda num jogo desse de Libertadores é a seguinte: o Boca atacava com seus ou sete jogadores o tempo todo. Sendo assim, mesmo que falhasse na armação da jogada, a bola não saía dos seus pés. Mas essa situação foi facilitada pela escalação bizarra do Cruzeiro, que na ocasião jogou sem lateral-esquerdo...
O segredo do Boca, além de atacar e pressionar o tempo todo, na verdade, não é segredo para ninguém: Juan Roman Riquelme comanda todas ações em campo. E ele não joga lá na frente o tempo todo, por isso é mais difícil marcá-lo. Ele busca lá atrás a bola, se desloca mais ou menos como o Ronaldinho Gaúcho fazia na Barcelona para a esquerda. Atrai dois ou três com ele e, com um simples toque, corta-luz ou outra genialidade do tipo deixa alguém na cara do gol.
O Cruzeiro esteve apavorado. Não entrou em campo. Quando roubava a bola a devolvia em seguida com um chutão qualquer. Atacava, quando muito, com quatro jogadores, que, convenhamos, não são dos melhores para decidir um jogão desses. Infelizmente, de nada valeu o entusiasmo impressionante que a torcida deles (da qual fiz parte esse dia) demonstrou. Time brasileiro que chega lá é para ser massacrado. Não só para ganhar a Libertadores, mas para eles verem que os argentinos são melhores, que os brasileiros não são de nada etc.
Já Boca x River, o superclássico argentino, foi outro jogo. Fraco tecnicamente, de poucas boas jogadas, enquanto Riquelme e Ortega (este já com pouca perna) estiveram em campo, e decidido numa bola parada, outro ponto forte do Boca.
Amigo, posso te dizer o seguinte: os US$ 90 dólares que paguei para entrar foram muito bem gastos. Doeu no bolso, mas fiquei com a certeza de que dificilmente terei outra oportunidade de assistir a um jogaço desses. A rivalidade é impressionante, o astral, por si só, é completamente distinto do jogo contra o Cruzeiro.
Bom, era isso. Parabéns pelo site de vocês.
Grande abraço.
Raphael Zarko (raphael.zarko@gmail.com)
Por Fernando Torres com foto de Paulo Sérgio / Vipcomm
O Expressinho empatou com o Botafogo, ontem, no Engenhão: 1 a 1, gols de Eduardo Luiz (foto) e Lúcio Flávio. O resultado foi considerado bom, pois nenhum titular jogou e a maior preocupação do Vasco é o Sport, adversário da próxima quarta-feira, em São Januário. Apesar do aparente clima de satisfação, o clube continua sem vencer clássicos locais, este ano. Em seis partidas, foram três derrotas e três empates, nesta ordem. O time terá, no Brasileirão, cinco jogos contra seus rivais cariocas e pode ainda enfrentar o Bota na final da Copa do Brasil, mas, até agora, a seca é total. Confira o retrospecto negativo.
Campeonato Carioca
02/02 – Vasco 2 x 3 Botafogo
17/02 – Flamengo 2 x 1 Vasco
23/03 – Fluminense 2 x 1 Vasco
06/04 – Vasco 2 x 2 Flamengo
12/04 – Fluminense 1 x 1 Vasco (5x4, nos pênaltis)
Campeonato Brasileiro
25/05 – Botafogo 1 x 1 Vasco
Por Fernando Torres
O Flamengo conseguiu uma ótima vitória sobre o Internacional, no sábado (24/05), perante cerca de 30 mil torcedores, no Maracanã. O adjetivo pode parecer exagerado, pois o placar de 2 a 1 não mereceria tamanho elogio. Entretanto, o rubro-negro saiu vitorioso de um jogo de seis pontos. Enfrentou um concorrente direto no caminho até o título ou, no mínimo, a vaga na Copa Libertadores da América de 2009.
Em sua estréia no Maracanã com a presença de torcida, o técnico Caio Júnior entrou com o trio ofensivo Marcinho, Diego Tardelli e Souza. Toró recebeu a difícil tarefa de marcar Alex, principal articulador da equipe gaúcha, e até começou bem, mas o Inter aproveitou o espaço na entrada da área carioca e abriu o placar com o habilidoso e recuperado Nilmar.
Na volta do vestiário, Jônatas substituiu Jaílton. Este errou quase tudo, foi vaiado durante toda a primeira etapa e, se depender dos flamenguistas, pode começar a se despedir da Gávea. Visivelmente mais disposto, o Fla virou com gols de Marcinho e Souza. Os dois saíram para darem lugar a Renato Augusto e Obina, respectivamente.
O colorado teve incrível chance de empatar. Aos 25 minutos, Nilmar invadiu a área, driblou Bruno e tocou com a perna esquerda. Leonardo Moura se jogou na bola e salvou os três pontos, garantindo a invencibilidade do time no campeonato (sete pontos em três jogos) e a tranqüilidade até o confronto com o Fluminense, às 18h10min. do próximo domingo (1◦/06), no Maraca.
O Internacional perdeu a segunda consecutiva fora de casa (foi derrotado também pelo Palmeiras) e atuará pressionado contra o Sport, seu algoz na Copa do Brasil, no sábado, às 18h10min., no Beira-Rio.
Pesadelo ainda não acabou
Na arquibancada do Maracanã, uma faixa ganhou espaço cativo, após a eliminação da Libertadores frente ao América do México: "O Brasileiro é Obrigação." Neste fim de semana, o clube fez a sua parte.
Quando o Brasileirão entrar na reta decisiva, não haverá lamentos como "Lembra daquele jogo contra o Inter, no Maracanã? Se o Flamengo tivesse ganho...". Ganhou. Agora, as atenções se viram para os reservas tricolores, adversários da quarta rodada.
por Marcos Benjamin
Definitivamente o Brasil não soube aproveitar a "era Guga". Uma "era" que teve seu fim exatamente às 12h47 deste domingo, dia 25 de maio de 2008. Mesmo prevendo a derrota na primeira partida do torneio, o tricampeão do Grand Slam francês entrou em quadra ovacionado pela torcida e trajando o uniforme azul e amarelo - réplica do que usou no título de 1997, o primeiro da carreira. O brasileiro se despediu com a derrota para o talentoso francês Paul-Henri Mathieu por 3 sets a 0, com parciais de 6/3, 6/4 e 6/2 em 1h49. Soma-se ao currículo francês de Guga, 11 partcipações na competição, vencendo 36 partidas e apenas sendo derrotado em oito. Ele obteve um índice de mais de 80% no Grand Slam parisiense, sem contar que os anos de 2006 e 2007 o Manezinho não disputou a competição.
Já os números finais da carreira vitoriosa de Gustavo Kuerten impressionam. O catarinense soma em sua vitoriosa trajetória com praticamente 70% de vitórias no saibro (181 em 259 jogos), 68,4% em torneios do Grand Slam (65 em 95) e 64,7% em jogos ao longo da carreira (358 em 553). Ainda ganhou 17 das 29 vezes em que foi levado ao quinto set, incluindo-se aí a histórica virada sobre Michael Russell nas oitavas-de-final de 2001, até hoje o momento que ele próprio considera a partida mais emocionante de sua carreira. Seu único recorde negativo foram nos tiebreaks, em que ganhou 134 e perdeu 136.
O povo brasileiro e, em especial o Francês estiveram com Guga sempre. A único fato a lamentar é, e repito: o esporte brasileiro não soube aproveitar a "era Guga" da maneira que ela(ou ele) mais merecia, com paixão e dedicação!