Decisão, dinheiro e democracia

O Fluminense do excelente Thiago Silva, o melhor jogador brasileiro em atividade, enfrenta a penúltima batalha rumo ao título da Copa Libertadores 2008. A Liga Deportiva Universitária (LDU) tentará fugir de um novo empate, mas o tricolor tem time e, se controlar a ansiedade, pode voltar do Estádio Casablanca, em Quito, no Equador, com uma triunfante vitória. Merecerá festa porque, alcançando qualquer resultado diferente da derrota, o clube das Laranjeiras colocará oito dedos na 3ª conquista carioca e 14ª brasileira na competição mais importante das Américas.

A importância do jogo é proporcional à necessidade do Flu aplicar o seu futebol, independente da pressão equatoriana. O ala/ponta Guerrón, da Seleção do Equador, é o jogador mais perigoso. Renato está de olho nele. Quando entrou na partida da primeira fase, no Maracanã, deixou a defesa tricolor de cabelo em pé. Em contrapartida, o treinador Edgardo Bauza precisa ficar atento a várias armas do Gaúcho. Junior Cesar, Gabriel, Thiago Neves, Conca e Washington formam um arsenal perigoso o bastante para fixar a bandeira do favoritismo no lado brasileiro. O duelo é interessante, mas o título da LDU seria, friamente, uma zebra.

Oferta pequena e demanda gigante = preço enorme

Os esquemas de corrupção existentes no mercado de ingressos são absurdos. No Brasil, a maioria (não todos) dos clubes trata a torcida como um bando de servos. Torcedor é cliente. Só não deixa de freqüentar, definitivamente, os estádios porque é apaixonado e, quando veste a camisa, deixa a razão de lado. Alheio a esta desorganização, o Fluminense decidiu dobrar o preço dos ingressos. Fez certo. A relação básica oferta x demanda já explica tal iniciativa. É caro para quem recebe um, dois ou três salários mínimos? Sim, mas a enorme procura justifica a mudança de 30, 40 e 150 para 60, 80 e 300 reais. Voltarei, ainda esta semana, a abordar o tema.

O jogo da democracia

Neste sábado (28/06), Vasco e Ipatinga se enfrentam no jogo da democracia vascaína. Seja Roberto Dinamite o novo presidente ou não, esta será a primeira partida do Machão da Colina, após três anos, sob o comando uma diretoria, legitimamente, eleita. Caberá a quem assumir recolocar o clube na rota dos títulos. Cinco anos sem novos troféus é muito para o cruzmaltino. De qualquer forma, os ares democráticos nascidos em São Januário voltam a circular em sua casa.

Fotos (Divulgação LDU, Fábio Azevedo / Ascom Fluminense e Nelson Teles): Torcedor da LDU, presidentes dos clubes trocam presentes e Lula veste a camisa tricolor

2 Response to "Decisão, dinheiro e democracia"

  1. Anonymous Says:
    25 de junho de 2008 às 16:28

    Ah! o coração vascaíno!!!!


    auhauahuahuahuahuhauhauhaaa

    cinco anos é muito né Fernando?

    auahuahuauahuhaaa

  2. Eduardo Leão Says:
    28 de junho de 2008 às 01:42

    Apoiar o aumento de ingressos no último jogo da competição é, no mínimo, estar conivente com a safadeza que um clube faz diante de seu maior patrimônio, o torcedor. O dia em que a torcida parar de ir nos estádios, esses caras vão tirar as calças por cima do corpo. Mas infelizmente isso não irá acontecer. Aqui a paixão pelo futebol deixa o conhecimento cego e a ignorância toma a frente do pensamento.

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