Mesmo aquele que não conhece a história da Grécia Antiga entenderá o porquê de minha referência à Guerra do Peloponeso para explicar o significado de mais um Grito de Carnaval do glorioso Império Serrano. Isso porque, a festa do último sábado, coroada com a presença de Alex Ribeiro, tem um conceito que, apesar de não explícito, pode nos remeter perfeitamente à batalha travada entre os impérios de Atenas e Esparta. Afinal de contas, assim como os democráticos atenienses, os bravos imperianos deram o pontapé inicial contra uma ideologia rígida, aristocrática, de total submissão.

Bem como a atual capital da Grécia, a verde-e-branca, você sabe, teve o seu chamado “período de ouro”, anos de prosperidade econômica, quando seus componentes se destacavam facilmente entre os desfilantes das co-irmãs. Além disso, Atenas ficou conhecida como uma cidade exemplar por sua cultura. E mais. Coincidentemente, tal qual a civilização grega tem enorme importância cultural e política para o Ocidente, o povo da Serrinha e adjacências, bem como a rapaziada da estiva, contribuíram imensamente para o carnaval carioca que hoje conquista os quatro cantos do planeta.

Enquanto uma espécie de Ápela – assembleia formada pelos espartanos e seu sistema oligárquico – desqualifica o Carnaval puro dos atenienses, ou melhor, perdoe-me a confusão, dos imperianos, estes se preparam para a luta. Mestre Gilmar já apresenta novidades na bateria, que está cada vez melhor, e o intérprete Anderson Paz vem entrando no ritmo. O mestre-sala Charles “Guerreiro” Eucy, que vinha apostando em fisioterapia, musculação e hidroterapia, agora investe na preparação física junto à professora Fernanda num clube da Penha. Ciente de que não terá vida fácil, ele recorre também ao mestre-sala Julinho, da Vila Isabel, professor de Educação Física e amigo que se colocou à disposição para treinos especializados na Vila Olímpica de Acari.
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